sábado, 6 de julho de 2019

Inteligencia e Deus – uma conversa com filósofos engarrafados acadêmicos







Amauri Nolasco Sanches Junior





Em um grupo de filosofia havia uma pergunta assim: 

É possível alguem se dizer inteligente e acreditar em Deus? 

A muito tempo eu venho vendo – desde o falecido Orkut e muito antes, nos grupos do Yahoo – que há filósofo por curiosidade, e há filósofo que estuda mesmo a matéria. E eu, como sou uma pessoa bastante curiosa, sempre vivi em vários grupos, de ciência até esoterismo. Mas, eu sou uma pessoa que busco na leitura suprir essa minha curiosidade dentro das grandes questões humanas, porque são questões fundamentais para a humanidade. Então, eu leio de tudo e não tenho a mania de rotular maneiras de escrever ou maneiras de ler e não desprezo a religião por completo, porque ela sempre foi uma tentativa de colocar dentro de uma pauta, que sempre tivemos curiosidade de saber. A pergunta certa é: de onde viemos? Por que existimos? 

Vamos imaginar um ser humano que percebeu que existe uma realidade, existe uma dinâmica da vida e essa dinâmica tem uma certa lógica. Até o século dezenove, haviam várias teorias que quebravam a narrativa bíblica, que o homem e a mulher foram feitos por um ser divino já prontos. Hoje, graças a teoria da evolução de Darwin, sabemos que somos parte animal evolutiva dentro de um ecossistema que vai evoluindo conforme o ambiente mais adequado. Há ainda várias perguntas, pois, a evolução não acaba com certas dúvidas, mas, joga luz em outras que faltavam para entender as mudanças animais dentro da fauna global. Hoje sabemos – graças a um mapeamento genético – que insetos são parentes, por exemplo, dos crustáceos. Ou seja, os camarões são parentes das baratas e por ai vai. Ao que parece, todo o universo tem uma evolução, graças aos bits de informações que todo tempo vem construindo as milhões de realidades. 

Se essa realidade existe informações que moldam a realidade, da onde vem essas informações para a construção do nosso universo? Podemos colocar que a realidade são átomos que se juntaram para construir objetos, pessoas e seres. Vida começa com ácidos que se juntam e começam a criar moléculas que começam a ter uma dinâmica e começam a evoluir. Mas, por que a vida começou? Porque até então, só existiam pedras, rochas e vulcões em erupções. Por que sabemos tudo isso? Graças as perguntas básicas que seres humanos espantados começaram a perguntar: qual o sentido da vida? Será que a vida começou por um ser divino ou foi um acaso? 

Se for um ser divino podemos constatar que há um propósito, mas, se for ao acaso podemos dizer que não há propósito nenhum. Se não há nenhum propósito, então a pergunta ficaria assim: por que o universo desperdiçaria milhões de bits de informação e energia para aparecer vida do acaso? Mas por outro lado, qual o propósito de uma vida de sofrimentos, de tragédias e de tudo que passamos dentro do planeta Terra? Será que isso tudo é uma simulação de um grande computador que somos parte de um jogo? Acho que ninguém respondeu definitivamente. Há explicações interessantes como as religiões védicas, as vertentes budistas, a religião judaico-cristã e o islamismo. Por outro lado, tem outras religiões que também explicam muito bem o propósito da vida e tudo que pode, por ventura, saber o porque existe a vida. 

Um dos erros do autor da pergunta é não saber formular essa perguntar, porque se alguém se diz inteligente, ela se torna dona da sua ignorância. Ora, se é possível que um ser inteligente – muito provavelmente, ele quis dizer uma pessoa culta – acreditar num acaso, porque não acreditar em um ser divino? Agora, se ele colocar no fanatismo, se há pessoas que se fanatizam mesmo estando em uma cultura vasta, daí, eu estou com ele no espanto. Einstein, que foi um dos maiores cientistas do século 20, dizia que acreditava no Deus de Espinosa. Ou seja, nada de um ser barbudo e num trono de ouro, e sim, uma energia que vai moldando o universo conforme a necessidade dele. 

O autor da pergunta, assim como a maioria dos ateus militantes, não estudam todas as religiões e não estudam a história da religião. E como demostrei na explicação – embora, muito teólogos renegam por acreditar na bíblia cegamente – a ciência está respondendo perguntas religiosas e perguntas filosóficas de muitos milênios atrás. Aliás, muitas religiões esotéricas dizem que os pilares do conhecimento é a religião, a filosofia e a ciência. Esses três pilares são os pilares que demonstram uma resposta dentro da premissa da responta se existe ou não um ser divino. E temos que ler as 3 questões para responder essa pergunta, porque se fomos bem no ângulo dos 3 pulares vamos chegar até mesmo, no teorema de Pitágoras. Um triângulo que fez os egípcios desenvolverem as pirâmides. Aliás, dentro da numerologia – embora, os cientistas não reconheçam como ciência – é um número forte e completo, que sempre trara três vias. 

Então, podemos reformular a pergunta: é possível um Deus num universo evolucionário? Sim. Seria muito mais interessante pensar em Deus que queria seres ou um universo, que ficasse mais evoluído conforme fosse criado informação. A realidade nada mais é, do que objetos e objetivos.

Nenhum comentário:

Postar um comentário